A priori, os principais motivos de violência contra a mulher são o machismo e o alcoolismo. No entanto há outros motivos, tais como: o autoritarismo do homem sobre a mulher, o ciúme, fatores psicológicos e sociais do agressor.
O machismo está na raiz dos casos da violência doméstica, assim, o machista crê na inferioridade da mulher, acredita que em uma relação com uma companheira ou esposa ele é quem dita as regras, é líder, e que sua autoridade não pode ser contrariada. Assim, é justificável essa afirmativa sobre o machismo, pois a maioria das violências domésticas ocorre depois que a mulher tem alguma atitude que vai contra a vontade do companheiro.
O consumo de álcool pode acarretar a violência entre parceiros, pois o efeito desinibido do álcool em alguns casos faz com que as pessoas hajam de modo insensato, inconsciente, mas também o indivíduo pode ingerir o álcool para ter uma desculpa socialmente aceita para seu comportamento violento. Mas é importante ressaltar que independentemente de ter tido a má intenção ao ou na hora de ingerir o álcool para ter ações adversas, a violência praticada é ilícita, logo, não pode ser aceitável.
Um fator social importante sobre a prática da violência, diz respeito problemas econômicos, que por si só, não gera a violência, no entanto, pode favorecer para que o indivíduo passe a ter ações violentas, ações distintas das que costuma ter, por estar passando por dificuldades econômicas.
Dentre os motivos é necessário abordar sobre a questão do ciclo vicioso, em que o homem ou a mulher está inserido em um ambiente familiar, no qual os pais são agressivos entre si, ou mesmo com os filhos, influenciado na visão de entender muitas vezes a violência como algo natural, passando essas atitudes de geração para geração, e sinceramente, não deve ser assim.
É notável que a violência doméstica contra a mulher vem crescendo de formas exacerbada no meio social em razão desta continuar com o seu companheiro, mesmo sofrendo agressões, pelo fato de não possuir condições de sustento próprio e de criar os filhos, se for o caso. Além disso, tanto o medo, a insegurança, ameaças do agressor, a vergonha de expor que sofre agressões de diferentes tipos, são fatos que as fazem ficar em silencio e não denunciarem.
“No Brasil, a cada quatro minutos uma mulher é agredida em seu próprio lar por uma pessoa com quem mantêm relação de afeto, conforme a Fundação Seade.” (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) exposta por Schritzmeyer (2001).
Assim. de acordo com os dados disponíveis na Data Senado de 2015, praticamente metade das brasileiras vítimas de violência doméstica- 49% – teve como agressor o próprio marido ou companheiro. Outras 21% mencionaram ter sido agredida pelo ex-namorado, ex-marido ou ex-companheiro e 3% foram vítimas do namorado. Dessa forma, revela-se que, dentre as mulheres vítimas de violência doméstica, 73% tiveram como opressor pessoa que tinha sido escolhida por elas para conviver intimamente.
Enfim, é fundamental que a população em geral não veja a violência doméstica contra a mulher como algo normal, uma vez que perdura na sociedade a tanto tempo. Pois não é normal, é crime.