Аprendendo através da tecnologia

Pensar aprendizagem nos dias atuais requer buscar e descrever múltiplas faces, múltiplos conceitos e diferentes caminhos. Dito isso é preciso ressaltar que antes de se definir um conceito de aprendizagem se torna fundamental perceber a quem essa ação se destina e a quem pretende alcançar. Portanto, aprendizagem é entendida como um processo permanente e personalizado.

A aprendizagem com uso de tecnologias vai além da homogeneização da sala de aula tradicional, dos mesmos objetos de aprendizagem e avaliação. Isso, sobretudo, se deu aos métodos e aplicações que o ensino a distância trouxe como inovações. Entre as discussões atuais está a necessidade de romper com o paradigma tradicional na medida em que propõe diversas estratégias e mecanismos que vão desde os meios até os objetos, recursos e a finalidade.

Entendendo que a aprendizagem é pensar, repensar e revisar entre outras coisas, novos papéis e novos sujeitos, e porque não dizer: papéis de aluno e professor, onde aquele professor “detentor” do conhecimento, cuja importância e papel é o de meramente transmitir saberes acumulados tem que dar espaço ao de orientador da construção do conhecimento pelo aluno. Automaticamente a função do aluno também vai se modificando dando a este autonomia, para delinear seu processo de aprendizagem, fazendo com que ele abandone a passividade que lhe era imposta.

Educação a Distância

A educação à distância em geral, e a educação aberta em particular, não se limitam apenas a presença física do professor para ministrá-lo no lugar onde é recebido, ou no qual o professor está presente apenas em certas ocasiões e determinadas tarefas.

Considerando estes aspectos se pode afirmar que, para que haja aprendizagem, é necessária uma relação de diálogo, estrutura e autonomia como ressalta :

[…] autonomia tanto desejada no âmbito do ensino, seja ele de onde for, onde quer que aconteça, requer meios técnicos para mediatizar esta comunicação, sem se pensar estas ferramentas todos os requisitos para que cursos de natureza a distância, não fazem sentido algum […]

Percebendo a prevalência de conceitos como ensino aberto e metodologia ativa, com foco nas características referente a mediação das relações entre professor e estudante. Se apresenta o desafio de criar estratégias e materiais desafiadores aos estudantes, que se caracterizem por promover atividades significativas de aprendizagens que venham a promover o desenvolvimento de competências necessárias a ação, não sendo importante apenas a informação, mas, como esta será mediada pedagogicamente para que haja aprendizagem significativa.
Ao dizer que a ênfase está em educar e não somente o meramente ensinar, ressalta-se conforme o pensamento de Correa, que a aprendizagem ativa está diretamente articulada ao campo de atuação do aluno, enquanto sujeito do seu próprio processo de aprendizagem. E para que isto ocorra o autor propõe que:

[…] é necessário que o ambiente de ensino/aprendizagem proposto ofereça serviços de apoio, estratégias interativas e integração de diversas mídias. Também é necessário que, no desenvolvimento do curso, os contextos reais de vivencia dos alunos sejam considerados, pois na maioria das vezes, quando uma proposta de formação a distância chega no campo da ação, esta se torna pouco compatível e ate mesmo insuficiente porque desconhece as práticas educativas do grupo envolvido, desconhece o que está instituído e que deve ser transformado.

Métodos metódicos de ensino

Assim, para que possa pensar aprendizagem, se faz necessário também definir métodos instrucionais nos quais os comportamentos de ensino e aprendizagem sejam desempenhados, pensados a partir de recursos ou métodos, e partindo desse princípio que apresenta-se a proposta de uso de metodologias ativas e recursos educacionais abertos como método a ser aplicado e analisado (uma vez que entre suas características reside o uso de recursos diversos e de tecnologias na educação), na busca por interatividade e interação, entendendo que toda metodologia deve oferecer possibilidades de interação mediatizada entre os sujeitos (professor/estudante; estudante/estudante) e de interatividade com uso de materiais de boa qualidade e variedade.

O uso de meios tecnológicos na educação tem sido constantemente pensado e questionado a fim de que estes não se tornem um caminho de “mão única”, mas que sirva ao objetivo maior da educação. No entanto, para que tais objetivos sejam atingidos, é fundamental utilizar ferramentas acessíveis, e que estas sejam apresentadas aos professores, de maneira que estes se vejam seguros para uso e aplicação das mesmas em seus contextos didáticos.

Sendo notório que o professor necessita se adaptar às novas exigências, precisa rever seus procedimentos e até mesmo a sua maneira de ensinar, aprender, pesquisar, analisar a ciência e de encarar a vida. Deverá assumir um papel de organizar, administrar e regular situação de aprendizagens, deixando de ser o dono do saber e o controlador da aprendizagem, para ser um mediador que estimula a curiosidade, o debate e a interação com os outros participantes do processo. No âmbito desta transição paradigmática, o professor desafia, orienta e acompanha o percurso e o resultado dos estudos, investigações e elaborações desenvolvidas pelo aluno, individual e coletivamente, passando assim a construir ao invés de reproduzir, juntamente com os alunos, o conhecimento.

É fundamental levar os professores a se apropriarem criticamente dessas tecnologias, descobrindo as possibilidades de utilização que elas colocam à disposição da aprendizagem do aluno, favorecendo dessa forma o repensar do próprio ato de ensinar.
Ensinar em ambientes digitais e interativos de aprendizagem significa: organizar situações de aprendizagem, planejar e propor atividades; disponibilizar materiais de apoio com o uso de múltiplas mídias e linguagens; ter um professor que atue como mediador e orientador do aluno, procurando identificar suas representações de pensamento; fornecer informações relevantes, incentivar a busca de distintas fontes de informações e a realização de experimentações; provocar a reflexão sobre processos e produtos; favorecer a formalização de conceitos; propiciar a interaprendizagem e a aprendizagem significativa do aluno.

Neste contexto, os cursos MOOC acabam por se tornar uma estratégia bastante relevante, uma vez que suprem essa necessidade de democratização do conhecimento, além de criar uma comunidade colaborativa, onde o conhecimento pode ser partilhado de acordo com área de interesse dos professores e níveis de formação dos alunos.
Considerando que os MOOC são meios modernos de ensino-aprendizagem, segundo Mackness e Willians (apud RAMOS et al, 2014), com elevado potencial para propagação exponencial do conhecimento, sabe-se que, ao se basearem em princípios de ubiquidade , autodesenvolvimento e modularidade , estes trouxeram à tona a necessidade de se discutir as noções tradicionais de educação, como, por exemplo, a centralização do conhecimento e, consequentemente, temas como limite, acesso, autoridade e processo de aprendizagem.
Através dos MOOC, de suas estruturas e de suas ofertas, pode-se perceber uma nova ecologia do conhecimento, agora mais dinâmica e que opera desde novos princípios, até as expectativas mais globais, em ambos com foco mais colaborativo, interativo e autocriativo (por permitir um processo de interação e construção coletiva) do conhecimento.

Além de disseminar o conhecimento entre a sociedade, os MOOC são interessantes porque alcançam novos públicos e vêm contribuindo com a melhoria de diversas instituições, uma vez que permite a estas buscarem inovação, fontes de conhecimento e qualidade. Estes, entre outros motivos, têm despertado a curiosidade de pesquisadores para essa temática.

Conclusão

Em síntese, são cursos ofertados, geralmente, de forma gratuita e, por ser uma modalidade de educação a distância, tem se difundido principalmente através de plataformas virtuais específicas, voltadas, sobretudo, para a perspectiva de que o conhecimento está distribuído. Assim, ao se desenvolver no aluno a capacidade de conduzir sua aprendizagem, ela pode ocorrer de maneira mais autônoma e independente, princípios fundamentais de todo ato educativo.

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