A língua de sinais constituindo o surdo como sujeito

Para que haja uma inclusão eficiente é necessário que os surdos e ouvintes aprendam a língua de sinais. Só assim será possível obter comunicação e inclusão verdadeira. Para Perlin (1998) evidencia que o principal fator de influência da identidade surda é, com certeza, a língua de sinais, que permite a comunicação e a interação com o mundo por meio da modalidade visual-espacial, livre da marginalização imposta pela modalidade oral-auditiva, como é comprovado por estudos sobre a surdez, presentes na literatura da área.

É preciso fazer reflexões e levantar questionamentos sobre os vários fatos ocorridos. Deste modo, partindo deste pressuposto é possível afirmar que para que aconteça a tão sonhada e esperada inclusão na formação do sujeito surdo, juntamente com os ouvintes no ensino regular na educação infantil. É preciso que seja colada em pratica o que diz a lei, os alunos surdos tem plenos direitos de ser inserido na escola regular, o ambiente deve proporcionar atendimento adequado para que o sujeito possa se desenvolver.
A esse respeito Skliar (1998, p. 148) enfatiza:

A comunidade surda é um complexo de relações e interligações sociais, que diferem de outras comunidades onde existe a possibilidade da comunicação oral, pois as pessoas surdas necessitam da língua de sinais e das experiências visuais para realizarem uma comunicação satisfatória com outras pessoas.

O historiador Le Goff (2003, p. 422) confirma uma reação, às formas dominantes de predomínio cultural, onde percebemos o estabelecimento de uma cultura dominante, em um lugar social distante da cultura surda:

No estudo da memória histórica é necessário dar uma importância especial às diferenças entre sociedades de memória essencialmente oral e sociedades de memória essencialmente escrita, como também às fases de transição da oralidade à escrita. Le Goff (2003, p. 422)

Mas, na grande maioria das escolas faltam professores com conhecimento em LIBRAS, necessário para receber alunos surdos no ensino regular. Esses são alguns os questionamentos que mostram a complexidade da questão. A proposta deste trabalho é produzir um artigo que possa sensibilizar quanto à necessidade de otimização do acolhimento ao aluno surdo e da forma como ele é incluído no ambiente escolar, enfatizando a importância de aprender a lidar com a peculiaridade de cada aluno.

Bilinguismo é mais do que o domínio puro e simples de uma outra língua como mero instrumento de comunicação. E neste sentido, apenas os integrantes dessa comunidade, como surdos, podem contribuir, de modo efetivo, para a educação de crianças surdas (FERNANDES, 2003, p. 55).

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