A vida de profissionais de saúde durante a COVID-19

As mudanças no ambiente hospitalar com a pandemia da COVID-19 podemos verificar que as rotinas não são mais as mesmas, pois hoje temos que conviver com a prevenção e as rotinas de infecções constantes. Os profissionais da saúde estão convivendo com vários sentimentos, como:

-MEDO: os profissionais estão com medo de se infectar e de infectar seus familiares;

-ANSIEDADE: grande parte dos profissionais da saúde pública não receberam ou receberam de forma insuficiente os EPIs: máscaras, luvas, óculos de proteção, roupas especiais para o enfrentamento do vírus entre outros equipamentos de proteção. Imprevisibilidade acerca do tempo de duração da pandemia.

-SENTIMENTOS DE IMPOTÊNCIA E VULNERABILIDADE: A inexistência da cura até o momento, o avanço dos casos de pessoas contaminadas e o aumento do número de mortes.

– IRRITABILIDADE: Aumento do estresse no trabalho, devido as incertezas da doença, os filhos dos profissionais de saúde em casa sem aula e gerando irritabilidade com as crianças.

– ANGÚSTIA: Por estarem em constante estado de vigilância e alerta, insuficiência de informações e descontrole sobre a situação, pois não temos ainda uma vacina ou remédio para essa doença. Os profissionais que trabalham nos hospitais que não são da linha de frente, os administrativos, as rcepcionistas, cozinheiros, copeiras, higienização, faturistas entre outros profissionais que compõem o quadro de funcionários de um hospital, todos tendo que conviver e trabalhar com máscaras (não é fácil ficar 8 ou 12 horas de trabalho) e álcool em gel ( passamos o tempo todo o produto nas mãos e superfícies para não nos contaminar). Vivemos angustiados o tempo todo com medo de nos contaminar. Com a angústia comemos mais ou menos, pois devido as regras de alimentação no ambiente hospitalar alguns profissionais não conseguem se alimentar pelo estresse e outros comem demais. Mudanças no transporte para ir ao trabalho, com o isolamento social os governadores adotaram medidas de restrições de alguns serviços, o transporte público funcionou de forma restrita, os profissionais que trabalham em hospitais tiveram que se adaptar com os horários reduzidos.

– TRISTEZA: relacionando-se ao isolamento, às perdas, à solidão devido ao distanciamento social e longas horas da jornada de trabalho;

– SONO: dificuldade de dormir, agitação e/ou concentrar-se nas atividades rotineiras;

-FRUSTRAÇÃO: por não conseguir salvar vidas.

– Mudanças no protocolo de atendimento: o serviço humanizado não podendo estar tão presente, pois temos que manter o distanciamento.

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