Tratamento DOR LOMBAR DE ORIGEM MIOFASCIAL

Caro leitor, o que vou compartilhar com você nas próximas linhas desse livro digital , pode literalmente acelerar seus resultados no tratamento DOR LOMBAR DE ORIGEM MIOFASCIAL.

Eu prefiro dizer que você vai se tornar um expert nesse assunto .

Por que ?

A razão é simples. Na minha opnião, você só vai conseguir ter resultados consistentes e assertivos quando você parar de enxergar a síndrome dolorosa miofascial como simples “nós musculares”.

Porque quando um profissional somente olha para o ponto gatilho, ele somente está tratando parte do problema.

Mas quando você olha o paciente pensando em todas as suas vertentes biológicas conhecidas, aí sim você será um expert no tratamento da Dor Lombar de Origem Miofascial.

Em outras palavras, o que eu vou te ensinar nesse livro é o processo COMPLETO para você avaliar os pontos gatilhos mioasciais que podem gerar dores na coluna lombar.

E para isso, nós vamos precisar trabalhar esse conteúdo em 3 partes

Parte 1 – Estratégia Estrutural
Parte 2 – Estratégia Funcional
Parte 3 – Estratégia Neural

AQUI ESTÁ O PRINCIPAL ELEMENTO QUE VOCÊ PRECISA ENTENDER

Antes de apresentar o elemnto mais importante eu preciso te fazer uma pergunta, pode parecer uma pergunta óbvia mas você vai entender o motivo.

Saber os caminhos para o tratamento de dor na coluna de origem miofascial, fará diferença nos seus resultados ? Seja honesto, não tem ninguém ouvindo nossa conversa.

Eu pergunto isso por uma simples razão. Muitas pessoas acham que para se tornar um expert são necessários 2 anos, 4 anos , 10 anos de experiência e mais e mais especializações.

Tudo tem um começo e se você é novo nesse mundo , eu quero que pense por um instante em uma coisa que quero que você entenda…

No mundo de hoje de sobrecarga de informação as pessoas são inundadas com tantas opções,conteúdo e opiniões sobre qualquer assunto que você fica sem saber pra onde olhar. São tantas informações que muitas vezes te trava em tomar qualquer ação por medo de não saber o suficiente e tudo fica mais complicado do que realmente deveria ser.

ESSE É O ELEMENTO MAIS IMPORTANTE QUE VOCÊ PRECISA ENTENDER.

Não é a quantidade de informações que você pode jogar sobre alguém tentando impressionar e sim o quanto você pode facilitar a aplicação dos princípios que você compartilha é que fazem toda a diferença.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE BASE NUNCA TE GUIAM ERRADO

Essa é a minha missão, tornar simples e poderoso os princípios que podem mudar a sua vida.

Quando você passa a avaliar o paciente com dor lombar pensando em suas bases neurofisiológicas , BINGO!

Você está jogando o jogo certo! Deixa eu te explicar isso nos detalhes.

CADA TEORIA ATENDE A UMA ESTRATÉGIA ESPECÍFICA

Freqüentemente, as intervenções no ponto gatilho são realizadas em um padrão ‘localiza a dor e intervenha’, abordando pontos gatilhos primários e secundários e espasmos musculares.

Infelizmente, uma consideração limitada pode ser dada ao considerar se o ponto gatilho está em um músculo espástico encurtado ou se está enfraquecido e sobrecarregado em relação aos músculos espásticos opostos. Posturas crônicas podem promover desequilíbrios de forças musculares entre os grupos musculares antagônicos que levam a traumas repetitivos dos grupos musculares mais fracos.

Vamos a um exemplo: “ Músculos encurtados dos isquiotibiais podem forçar o alongamento secundário excessivo dos músculos extensores lombares durante a flexão lombar “.

As terapias que abordam apenas esses pontos gatilhos regionais, promovendo a mobilidade generalizada dos extensores lombares, podem realmente promover o alongamento excessivo dos músculos sobrecarregados, já enfraquecidos, bem como contribuir para mais formação de outros pontos gatilhos.

Além disso, se houver assimetria de força e comprimento muscular entre os lados, essas abordagens também podem levar a áreas de mobilidade relativa desproporcional entre segmentos individuais da coluna vertebral que podem impactar em componentes não-musculares menos elásticos.

Em situações de desequilíbrios avançados da força muscular, exercícios agressivos de flexão lombar também podem enfraquecer ou sobrecarregar as estruturas ligamentares de suporte posteriores para permitir movimentos espinhais segmentares que podem levar à espondilose e a mais processos geradores de dor.

A maioria das disfunções espinhais é o produto do microtrauma cumulativo em múltiplos tecidos regionais devido a problemas nos padrões de estabilização, alinhamento e movimento do tronco. A estabilização do núcleo e da coluna vertebral depende do suporte isométrico equilibrado e do controle do movimento fornecido principalmente pela musculatura do tronco.

Quando surgir dor lombar, um objetivo deve incluir a avaliação de orientações para alinhamento do tronco e coluna vertebral, estresse e movimentos que produzem ou aumentam a dor.

Um denominador comum para a maioria das dores relacionadas à coluna vertebral é :

“Uma flexibilidade relativa excessiva em segmentos específicos, em vez de uma flexibilidade reduzida devido a fatores como espasmos.”

Os segmentos com flexibilidade reduzida promovem movimentos compensatórios nas regiões mais flexíveis. Embora a patologia da coluna vertebral (hérnias e protuberâncias do disco, espondilose, artropatia de faceta e compressão nervosa) possa promover a dor de forma independente, abordando primeiro os problemas da musculatura do tronco e depois os estresses secundários anormais da coluna vertebral, podem reduzir ou aliviar completamente a dor.

Os músculos do tronco devem manter a coluna vertebral e a pelve em ótimo alinhamento, além de impedir movimentos segmentares potencialmente prejudiciais.

Portanto, observar a mecânica corporal durante várias posições e movimentos pode esclarecer a flexibilidade relativa de várias regiões e o impacto nas tensões da coluna vertebral que produzem dor. Em algumas síndromes de dor nas costas menos crônicas, abordar a postura, como a maneira como se usa uma mochila, pode ser a única intervenção necessária para produzir uma cura.

4 REALIDADES FUNDAMENTAIS

Nos últimos 13 anos, tratando de dor lombar em meu consultório, sempre abordei o processo de educar meus paciente sobre o que estou fazendo e por quê, bem antes de saber o que sei hoje hoje as práticas modernas de educação em neurociência da dor.

E por que eu faço isso ? Muito Simples.

Eu verifiquei durante os atendimento por diversas vazes, quando os pacientes se tornam os atores ativos em sua própria recuperação, a probabilidade de resultados duradouros da dor aumenta de forma assustadora.

É por isso que incentivo você leitor deste livro digital a começar por aqui …
Meus pacientes costumam me perguntar: ‘por que os pontos gatilhos são tão importantes na dor lombar? Pois simplesmente 30% a 85% dos pacientes com dor musculoesquelética sofrem dessa condição .

Portanto para você escolher as rotinas mais apropriadas para o problema específico do seu paciente, é importante que você compreenda 4 conceitos chave e tenha uma compreensão mais profunda do corpo como um todo.

 O CORPO É UMA ESTRUTURA DE TENSÃO

A tensão é considerada um agregado de forças de compressão e tração, que induzem estabilidade. A tensão não existe apenas no nível celular mas sim cria um link da célula com a matriz extracelular, afetando o comportamento de outras células às quais está conectado.

Considerando o modelo de tensegridade e a natureza interconectada das células, tecidos, órgãos, sistemas orgânicos e, finalmente, o organismo, esse modelo pode ser usado para explicar como a disfunção em uma região pode causar disfunção / dor em uma região mais distante da região do corpo humano.

O termo que conhecemos como tensegridade foi originalmente cunhado pelo filósofo Buckminster Fuller ( 1968) como um termo arquitetônico que combina as palavras “tensão” e “integridade”. De modo geral, o sistema trabalha unindo forças contrárias e, segundo Fuller, é a “base estrutural da natureza, capaz de, com um mínimo de elementos, formar uma estrutura forte”.

Olhando para a estrutura, você pode sentir como se tocasse em uma parte dela e toda a estrutura seria afetada?

Pois bem, nossos corpos são de fato, estruturas de tensão.

O que isso significa ?

Que devemos parar de olhar para a dor lombar como uma questão isolada e mais como uma questão holística que envolve todo o nosso corpo.

Vladimir Janda em 1997, encontrou tendências em ações articulares e desequilíbrios musculares. Ele as definiu como síndromes cruzadas superiores e inferiores.

Nesse livro digital, iremos focar nos aspectos que envolvem as disfunções da Dor Lombar, sendo então as síndromes cruzadas superiores melhor abordadas no livro digital de Dor Cervical.

Janda observou uma relação entre as seções anterior e posterior do corpo.
Eretores lombares hiperativos
Flexores hiperativos do quadril (iliopsoas e reto femoral)
Glúteos subativos (glúteo máximo, glúteo médio, glúteo mínimo)
Abdominais subativos
Pode ocorrer hiperatividade sinérgica nos isquiotibiais, piriforme, quadrado lombar, tensor da fáscia lata (TFL) e músculos da panturrilha, incluindo gastrocnêmio e sóleo
As disfunção articulares pode surgir secundária ao desequilíbrio muscular, envolvendo mais comumente as articulações L4 / 5, L5 / S1, SI e quadril.

É possível observar o seguinte padrão nesses pacientes:

Os sintomas acima mencionados podem ser devidos ao aumento da extensão lombar que tais padrões de movimento imporiam. Os diagnósticos associados podem incluir casos mais raros/graver como estenose espinhal, síndrome facetária, doença degenerativa discal, espondilólise e osteoporose.

Os conhecimentos de tensigridade portanto podem ser aplicados a síndromes cruzadas :

-Hiperlordose da região lombar ocorrendo devido à inclinação pélvica anterior da pelve.

– A inclinação anterior da pelve pode ser rastreada até os músculos psoas encurtados / hiperativos.

A tendência acima mencionada não é de modo algum uma causa abrangente de dor lombar. No entanto, pode ser usado para ajudar a explicar como diferentes tecidos (músculos e ossos associados) compartilham uma conexão física entre si e regiões mais distais.

O conceito de continuidade miofascial também conhecido como trilhos anatômicos ( Myers ) ou cadeia miofascial sugere que os músculos se ativam ao longo de cadeias cinemáticas que compartilham coberturas fasciais comuns.

Estudo confirma a existência dessa continuidade miofascial, em particular a linha de fundo superficial. No entanto, ainda não há pesquisas que analisem a função das cadeias anatômicas em populações que sofrem de lombalgia (dor lombar).
O meridiano miofascial de linha traseira superficial é geralmente descrito como compreendendo as seguintes conexões estruturais do pé à cabeça:
Fáscia plantar
tendão de Aquiles
Gastrocnêmio
Isquiotibiais
Ligamento sacrotuberoso
Fáscia toracolombar (toracodorsal)
Musculatura paraspinal (Erector Spinae)
Trapézio
Occipitalis
Galea aponeurotica
Músculo frontal

Em essência, adotar a aplicação do modelo de tensegridade nos lembra que o movimento humano opera como um sistema unificado e que muitas articulações / músculos / fáscia / tendões / ligamentos podem contribuir para a disfunção do movimento humano, além de locais aparentemente óbvios de controle motor e dor.

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