A aquicultura é um produto de alimentação

A aquicultura é o setor produtor de alimentos que mais cresce no mundo, e por isso tem recebido mais atenção nas últimas décadas (ZHANG et al, 2011). De acordo com Siqueira (2018), a partir dos anos 80, a rápida expansão da aquicultura foi fundamentada na introdução de novas técnicas de produção, com custos acessíveis e ganhos expressivos de produtividade e qualidade.
De acordo com dados publicados pela FAO (2018), nas décadas de 1980 e 1990 o crescimento da aquicultura alcançava taxas de 10,8 e 9,5% por ano, porém, a partir do ano 2000 essas taxas diminuíram chegando a 5,6% no período de 2001 a 2016. Mesmo com essa redução na taxa de crescimento, ainda é um setor que cresce bem mais rápido que outros setores produtores de alimentos (FAO, 2018).

Carcinicultura
Conforme Lima (2015), a carcinicultura tem como definição a criação de camarão em cativeiro de forma racional e sustentável, e esta vêm crescendo a cada ano, tornando-se no ramo da aquicultura que mais se desenvolve de forma progressiva no mundo nas duas últimas décadas.

De acordo com Jory & Cabrera (2012), nas últimas décadas, o cultivo em cativeiro de várias espécies de camarões marinhos da Família Peneidae se desenvolveu substancialmente. Segundo esses pesquisadores, além de gerar vários bilhões de dólares no mercado, a criação de camarão também:
• Gera emprego para milhões de pessoas nos países em desenvolvimento;
• Traz a produção para regiões anteriormente inadequadas para outros tipos de desenvolvimento;
• Produz uma mercadoria valiosa que é cada vez mais comercializada em muitos países.
O destaque da carcinicultura brasileira é resultado da adequação tanto de tecnologias, bem como, da geração e disseminação de conhecimento oriundo de uma junção entre instituições de pesquisas regionais, governo e iniciativa privada (LIMA, 2015). Inicialmente, a carcinicultura se desenvolveu em regiões litorâneas, porque a principal espécie cultivada era o Farfantepenaeus subtilis, espécie que demonstrava ótimas taxas de crescimento em experimentos efetuados em fazendas particulares. No entanto, esta espécie mostrava conversão alimentar alta, o que resultava em uma situação de desvantagem em relação ao L. vannamei, necessitando de conhecimentos referentes ao manejo alimentar e aos seus requisitos nutricionais (SANTANA et al.,2008).

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