Recomendações de dieta viciante

A nutrição é uma importante ferramenta dentro da prática desportiva, pois, quando bem orientada, pode reduzir a fadiga, permitindo que o atleta treine durante mais tempo ou que se recupere melhor entre os treinos. Como vários nutrientes alimentares fornecem energia e regulam os processos fisiológicos relacionados ao exercício, seria tentador associar as modificações dietéticas ao aprimoramento do desempenho dos praticantes de atividade física 1.

Segundo as Recomendações de Ingestão Dietéticas (RID), do National Research Council Subcommitee, de 1989, em uma dieta equilibrada, os carboidratos devem representar a maior parte da ingestão energética. Mesmo sendo pequenas as reservas de glicogênio do organismo, elas são importantes durante o período de jejum e também durante a situação de exercício prolongado, na qual a glicose e os ácidos graxos são oxidados para fornecer energia para a contração muscular1. Vale ressaltar que, a capacidade de realizar exercícios físicos fica comprometida quando a dieta do individuo é inadequada para as suas necessidades. Dessa forma, o uso de suplementos nutricionais, principalmente, os fontes de carboidratos é fundamental para garantir um melhorar desempenho físico e ajuda o atleta a suportar treinamentos intensos2. Os suplementos nutricionais vêm sendo utilizados demasiadamente entre atletas em diferentes atividades e modalidades esportivas em busca de um melhor desempenho durante os treinos e competições objetivando assim uma melhor performance e resultado competitivo 3.

De acordo com a Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME, 2009), o efeito ergogênico da ingestão de carboidratos nos exercícios físicos já foi consistentemente demonstrado em vários experimentos, muitos dos quais efetuados durante etapas de muitas horas de duração. Foi demonstrado que o exercício prolongado reduz acentuadamente o nível de glicogênio muscular, exigindo constante preocupação com sua reposição, porém, apesar de tal constatação, tem sido observado um baixo consumo de carboidratos pelos atletas4.

Uma série de intervenções nutricionais tem sido testada com o intuito de modular os efeitos induzidos pelo exercício intenso e prolongado sobre a resposta inflamatória e imune, sendo que os resultados mais positivos são observados com a suplementação de carboidratos 5,6. Alguns estudos recentes têm relacionado à ingestão de carboidratos durante o exercício de resistência aeróbica a fatores tais como: redução das respostas do cortisol, menor perturbação da contagem do número de células do sistema imune no sangue e diminuição da atividade fagocitária e oxidativa dos granulócitos e monócitos 5,6.

Devido ao fato de o organismo não digerir e nem absorver todos os carboidratos com a mesma velocidade, um mecanismo denominado índice glicêmico foi desenvolvido para avaliar o efeito dos carboidratos sobre a glicose sanguínea. O índice glicêmico é um indicador qualitativo da habilidade de um carboidrato ingerido em elevar os níveis glicêmicos no sangue1, fornecendo informações efetivas para um plano nutricional apropriado em relação à suplementação estratégica de carboidratos para o exercício. Isso vem sugerir que, além do tipo de carboidrato (simples ou complexo), o índice glicêmico pode ser usado como um guia de referências para a seleção do suporte nutricional ideal de carboidratos para os esportistas1.
Portanto, este trabalho visa elucidar a influência da suplementação dos carboidratos no desempenho em praticantes de atividades físicas, além de enfatizar o momento mais propício para a sua suplementação.

 

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