Fraturas de ossos. Tratamento.

Ruptura parcial ou total do tecido ósseo, classificada em fechada ou aberta (exposta).

A fratura óssea fechada não apresenta evidência de ruptura da integridade da pele, contudo estudos comprovam a importância na avaliação dos tecidos moles adjacentes a essa pelo grau de associação à hemorragia.

A fratura óssea exposta apresenta ruptura da integridade da pele em grau variado, havendo comunicação do tecido ósseo fraturado e partes moles com meio externo, havendo o risco de contaminação (infecção óssea).

A conduta à vítima de fratura consiste em executar o ABCDE, controlar hemorragias (caso haja fraturas expostas), se necessário retirar ou cortar a roupa do paciente, imobilizar fraturas, entorses e luxações, estabilizando uma articulação acima e outra abaixo do local da lesão e transportar imediatamente a vítima até o centro de referência mais próximo. Além de sempre avaliar o pulso do segmento afetado.

1. Traumatismo cranioencefálico (TCE)

O traumatismo cranioencefálico é uma agressão ao cérebro, não de natureza degenerativa ou congênita, mas causada por força física externa, que pode produzir um estado diminuído ou alterado de consciência, que resulta em comprometimento das habilidades cognitivas ou do funcionamento físico.

As condutas adotadas no atendimento a vítima de TCE consistem na avaliação neurológica e na busca de lesões secundárias ao trauma, que, se não levadas em consideração, posteriormente podem evoluir para sequelas e até mesmo o óbito do paciente.

Em relação aos cuidados, o primeiro passo é a obtenção e manutenção das vias aéreas pérvias por meio das manobras de desobstrução: tração do mento, elevação da mandíbula, aspiração e proteção da coluna cervical. Deve-se evitar também situações que prejudiquem a função neurológica ou que aumentem a pressão intracraniana elevando a cabeceira a 30°. Além de prevenir a hipertermia (temperatura acima de 38°C).

2. Traumatismo raquimedular (TRM)

Os traumatismos raquimedulares são aqueles em que ocorre o comprometimento das vértebras e da medula espinhal. O TRM pode variar desde uma concussão, na qual ocorre plena recuperação, à laceração, contusão e compressão, isoladas ou associadas a uma secção completa da medula, causando danos neurológicos abaixo do nível da lesão.

Sempre que houver trauma com possibilidade de lesão raquimedular, é indispensável que se proceda com os cuidados necessários à proteção da coluna vertebral, seguindo o protocolo ABCDE. Para tal, o profissional deve estabilizar manualmente a cabeça do paciente, sem tração significativa, mantendo a permeabilidade das vias aéreas, examinar o pescoço, mensurar e aplicar o colar cervical adequado. Boca, nariz e mandíbula também devem ser examinadas. Logo após é necessário que se avalie a respiração e a circulação para proceder com as intervenções necessárias. Para a remoção/deslocamento até a unidade de referência deve-se utilizar prancha rígida com estabilizadores de cabeça.

3. Trauma Abdominal

“Entende-se por trauma abdominal o resultado de descarga significativa de energia sobre o abdome, acarretando lesão, podendo ser gerada por agentes mecânicos, químicos, elétricos ou irradiações.” .

A eficiência e eficácia dos cuidados prestados a vítima de trauma abdominal estão diretamente associadas à correta abordagem inicial da equipe prestadora do atendimento pré-hospitalar, uma vez que distrações causadas pelo estado de consciência do paciente, sangramentos/hemorragias e outros traumas mais visíveis podem tirar o foco do profissional, fazendo com que o trauma abdominal passe por despercebido.

Os cuidados prestados a vítima consistem em manter vias aéreas superiores pérvias, controle de possíveis sangramentos externos, prevenir choques, monitorização dos sinais vitais e estabilização de objetos encravados na parede abdominal. Não se deve reintroduzir no abdome órgãos eviscerados. Ao invés disso, cobri-los com compressas úmidas (usar solução fisiológica) e conduzir a vítima para unidade especializada.

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