Isolamento durante uma pandemia

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Vivemos uma pandemia de coronavírus que está causando profundos impactos financeiros ao redor do mundo. Isolamentos são indicados com o objetivo de tentar reduzir o contágio e minimizar os impactos sociais e econômicos do covid-19. Este cenário provoca medo e incerteza, sentimentos perigosos que interferem diretamente o ambiente de trabalho.

Robbins (2005) afirma que as emoções afetam o desempenho no trabalho, em especial as emoções negativas que podem prejudicar o desempenho do profissional. Por isso as organizações procuram eliminá-las do ambiente de trabalho.

Por outro lado estes sentimentos podem melhorar o desempenho de duas formas, primeiramente “as emoções podem alavancar a vontade, agindo assim como motivadoras para um desempenho melhor” ; em segundo ele coloca que “o esforço emocional reconhece que os sentimentos são parte do comportamento necessário ao trabalho”. Sendo assim, o autor assegura que a capacidade de administrar eficazmente as emoções pode ser decisiva para o sucesso.O Home Office, de repente, deixou de ser uma opção e passou a solução possível para muitas empresas manterem-se ativas no mercado durante a pandemia.

Esse regime de trabalho em que o funcionário trabalha em sua residência, pode ser diferenciado a partir de três tipos de arranjos: sendo funcionário de uma empresa (modalidade predominante e conhecida como teletrabalho), sendo freelancer (trabalhando por demanda ou em projetos avulsos) ou como empresário de uma empresa home based (que tem a residência como sua sede) muito característico em atividades desenvolvidas por Microempreendedores Individuais.

Dentre esses arranjos, os dois primeiros compreendem a grande maioria dos home Office existentes e funcionam mediante contratos que estabeleçam tarefas e/ou demandas de trabalho, atingindo um determinado nível de produtividade. Apesar de ser alternativa de trabalho utilizada desde os anos 90 em outros países, o regime de home office surgiu timidamente no Brasil, como uma solução para a redução de espaços corporativos, demorando anos para começar a ser levado a sério.

Escritório em casa

O home office começou no Brasil sob a forma do que se convencionou chamar de “teletrabalho”, regime inserido na Consolidação das Leis do Trabalho em 2017, através da Lei 13.467, motivado muito mais pela crescente disponibilidade de ferramentas tecnológicas e da evolução da qualidade de comunicação via Internet.

Hoje, em razão da situação de excepcionalidade provocada pela pandemia, muitos funcionários que não foram dispensados das empresas, viram-se obrigados a trabalhar remotamente por questões de segurança. As recentes mudanças introduzidas na legislação trabalhista, por certo trouxe maior segurança aos empregadores de aceitarem o home Office como uma alternativa viável, sobretudo na superação dos temores em relação à limitação da capacidade de supervisão e da perda de produtividade.

O home office que até então restringia-se a dias ou semanas deverão gradativamente passarem a funcionar quase que em tempo integral. A disciplina e a organização exigidas pela agenda de trabalho serão desenvolvidas para que as coisas funcionem e não se perca o foco.
Estima-se que antes da COVID-19, cerca de 5% dos brasileiros trabalhavam em regime de home Office, enquanto em outros países do hemisfério norte o contingente de funcionários trabalhando em home Office superavam os 50%.

Cálculos

Pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral após o início das medidas de isolamento social imposto pela pandemia, indica que mais de 70% das empresas de todos os setores da economia brasileira esperam que as novas práticas de home office adotadas agora, permaneçam, integral ou parcialmente, após a crise passar.

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