Texto crítico

Atualmente, o termo Empoderamento tem sido muito utilizado nas áreas da saúde, educação e no contexto social. Foi definido e traduzido pelo educador brasileiro Paulo Freire (1921-1997). Embora a palavra Empoderamento já existisse na Lingua Inglesa, significando “dar poder” a alguém para realizar uma tarefa sem precisar da permissão de outras pessoas, o conceito de Empoderamento por Paulo Freire segue uma lógica diferente. Para o educador, a pessoa, grupo ou instituição empoderada é aquela que realiza por si mesma, as mudanças necessárias e ações que a levam a evoluir e se fortalecer, como vimos no caso.

Empoderamento pode ser um processo social, cultural, psicológico ou político por meio do qual os indivíduos ou grupos sociais são capazes de expressar suas necessidades, preocupações e conceber estratégias para o envolvimento na tomada de decisões, alcançando ações políticas, sociais e culturais para atender a essas necessidades. Através desse processo, as pessoas vêem uma correspondência mais próxima entre seus objetivos na vida e um senso de como alcançá-los mediante seus esforços. Sobretudo, o Empoderamento na área da saúde/educação é um processo de promoção ao bem estar, pelo qual as pessoas ganham mais controle sobre suas decisões e ações que afetam a saúde.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) dispõe quatro componentes fundamentais ao processo de Empoderamento para o paciente: compreensão de seu papel; aquisição de conhecimento suficiente para se engajar nos cuidados de sua saúde; habilidades e a facilitação na convivência do contexto que experimentam. Profissionais da saúde assumem um papel de mediadores de processos propulsores do

Empoderamento na saúde. Devem oferecer espaços aos usuários, os quais refletem as situações de rupturas e mudanças do curso de vida e que possam renunciar à impotência e dependência, por mais autonomia e liberdade e, portanto, se transformarem em sujeitos ativos para si, com e para os outros. O Empoderamento na saúde viabiliza o engajamento, corresponsabilização e a participação social das pessoas, sendo um processo pelo qual adquirem domínio sobre suas vidas, apreendendo conhecimento e habilidades para tomarem decisões acerca de sua saúde.

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