Síndrome da imunodeficiência adquirida

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida foi identificada pela primeira vez na metade do ano de 1981, nos EUA, a partir do reconhecimento de um número saliente de pacientes adultos do sexo masculino, homossexuais, no qual foram apresentados sarcoma de Kaposi, pneumonia por Pneumocystis cariniie e debilidade do sistema imune, que levou a conclusão que se tratava de uma nova patologia, ainda não conhecida, de causa infecciosa e transmissível. Mas acredita-se que a que a doença tinha sido originada de um retrovírus não patogênico encontrado em primatas da espécie macaco-verde, onde poderia ser transmitido através da mordida, ou pelo consumo indevido do cérebro do primata. Possivelmente essa epidemia teve sua origem na África e tenha sido propagada no Estados Unidos através da imigração dos africanos durante o período de 1960 até 1970.7

Em 1983, o cientista francês Luc Montaigne, do Instituto Pasteur, de Paris pesquisou o vírus da AIDS, nomeado o HIV. Antes de ser assim intitulado, o HIV teve várias denominações com LAV e HTLVIII. Posteriormente a uma série de estudos clínicos e epidemiológicos estabeleceu-se o reconhecimento para as principais formas de transmissão (sexual e sanguínea) da doença. Com a evolução da epidemia, homens heterossexuais infectados, sejam por relações sexuais com mulheres contaminadas, ou pelo uso de drogas injetáveis, também passam a serem associados ao grupo risco de portadores ou doentes. O conceito de grupo de risco apresenta-se para comportamento e situação de risco. Contudo, como a AIDS é considerada doença do domínio homossexual masculino simboliza até hoje vigorosamente internalizada na sociedade. A AIDS é uma patologia associada ao sexo, sendo relacionada à permissividade, ao comportamento sexual supostamente desregrado. Por isso, têm-se atitudes discriminatórias e preconceituosas quando se revela a forma com que se contraiu o HIV. Por ser uma doença incialmente dissipada através de comportamentos individuais e coletivos, evidentes em práticas sexuais diversas e no uso compartilhado de seringas e agulhas contaminadas. Ainda que, estas práticas sejam universais, poucas sociedades são francas em reconhecê-las. 7

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